Ipac atende demandas na Ilha de Itaparica

Gestão Territorial
Data da Notícia
18/07/2017

 

Nesta terça-feira (18), o diretor-geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), João Carlos de Oliveira, acompanhado por assessores e técnicos do órgão, realizaram visita e vistoria nos municípios de Vera Cruz e Itaparica, localizados na ilha de mesmo nome na Baía de Todos-os-Santos. A visita foi solicitada pelas prefeituras para estabelecer cooperações técnicas entre o Ipac e os dois municípios, visando a proteção dos bens culturais, materiais e imateriais, da Ilha de Itaparica.

“As vistorias reforçam os municípios nas políticas públicas de proteção aos patrimônios culturais existentes da ilha, sejam através de registros de bens intangíveis ou tombamentos de imóveis e monumentos”, afirma o assessor de Relações Institucionais do Ipac, André Reis, que também acompanha a visita. Durante a manhã, a equipe do Ipac também esteve no município de Cairu para a reunião com o Comitê de Governança da Fortaleza do Morro de São Paulo. Na quarta (19), o grupo segue para o 2° Fórum de Secretários e Gestores de Cultura do Baixo Sul da Bahia, em Cairu.

 

“O Ipac já está estudando a antiga tradição africana de culto aos Egunguns (ancestrais) passada ao Brasil e ainda existente na Ilha de Itaparica. Pesquisas de campo e coleta de material já foram feitas”, explica João Carlos. A equipe multidisciplinar do Ipac pesquisou dois terreiros de candomblé que fazem culto à Babá-Egum na localidade de Ponta de Areia na ilha, o Omó Ilê Agboulá e o Ilê Olokotum. Além disso, o Ipac estuda a possibilidade de restaurar as estátuas do caboclo e cabocla, ícones da participação popular nas lutas pela Independência da Bahia.

 

O instituto desenvolve políticas públicas para proteção dos bens culturais através de tombamentos de imóveis e obras de arte, além de registros de festas e manifestações. Também fez uma proposta inédita no Brasil, para a criação de um ‘Registro Especial’ para os bens culturais imateriais visando contemplar as celebrações, eventos, saberes, modos de fazer culturais, expressões lúdicas e turísticas, além dos espaços destinados às práticas culturais coletivas; esta última, o caso dos terreiros.

 

Ao receber o tombamento ou o registro, o bem cultural passa a ter prioridade nas linhas de apoio financeiro, sejam elas municipais, estaduais, federais ou até internacionais. 

 

Fonte: Ascom/Ipac