6ª Conferência Estadual das Cidades

Participação social
Data da Notícia
02/12/2016

 

Dialogar com quem vive o dia a dia das cidades para a partir daí, planejar o bem estar dos cidadãos. Para o ex-governador e atual coordenador executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia, Jaques Wagner, esse deve ser o ideal em que governos, sociedade civil e empresarial deve se basear para gerir as cidades. Wagner foi responsável pela palestra que abriu a 6º Conferência Estadual das Cidades, realizada desta quarta até a próxima sexta (2), no Senai Cimatec, em Salvador. 

Wagner fez uma forte defesa dos movimentos sociais diante do atual momento político do país. “A democracia é a luta dos argumentos. Então, para que se haja democracia, é preciso dialogar com as pessoas, dialogar com quem vive as cidades. Vivemos um momento pós-golpe parlamentar em que a conjuntura mundial é preocupante, com a eleição do Trump, nos Estados Unidos, da saída do Reino Unido da Inglaterra, então é fundamental a presença dos movimentos sociais organizados na defesa das suas conquistas e direitos”, defendeu.

Representantes de movimentos sociais, sindicatos, ONGs, setor acadêmico, empresários e Poder Público comparecem em grande número no Senai para o primeiro dia de evento. Do lado de fora de fora do auditório, stands de artesões, doceiras, e representações dos poderes públicos recepcionavam o público. Do lado de dentro, muita gente se acomodou para assistir a palestra do ex-governador.

“É fundamental que hoje em dia tenhamos cidades cada vez mais inclusivas. E são as pessoas que estão nas cidades. Tenho muito carinho pelo Concidades, que institui ainda no meu primeiro mandato, seguindo exemplo do presidente Lula. Espero que ela traga resoluções, a partir do diálogo, para que tenhamos melhorias na qualidade de vida da população baiana”.

 O ex-governador ainda destacou a importância da Entidade Metropolitana da Região Metropolitana de Salvador. “É necessário que se pense cada vez mais de forma integrada e conjunta. E a Entidade Metropolitana é fundamental nesse processo das cidades que circundam Salvador”, destacou.
 

Mesa de abertura ressalta participação popular
 

A Conferência foi aberta com a leitura do regimento, seguido da composição da mesa. O secretário de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Carlos Martins, que também preside o Conselho Estadual das Cidades – ConCidades, fez a abertura oficial.  Antes da sua fala, Martins pediu licença para homenagear os brasileiros mortos na tragédia de Medelin, nesta terça-feira. “Gostaria de quebrar o protocolo para pedir um minuto de silêncio pela tragédia ocorrida ontem, com o avião que levava a Chapecoense. Força, Chape!”
Em sua fala, o secretário destacou a importância da participação popular nas decisões do poder público e ressaltou o momento histórico da Conferência. “É importante que esse evento acontece em um momento muito significativo do nosso país e da nossa política. É preciso que estejamos atentos às movimentações e resgatemos a democracia desse país. Vimos o que aconteceu na frente do Congresso no dia de ontem. Precisamos que fique claro, que não existe democracia sem participação popular, sem movimentos sociais. Temos que discutir as cidades socialmente juntos: Poder Público, sociedade civil, empresários, para que a partir daí tenhamos resoluções da cidade que queremos. Que nesses três dias, possamos tirar daqui resoluções desse tipo em direção à Conferência Nacional, que se não for convocado pelo Governo Federal, será convocada por todos nós, como entes da sociedade civil”, destacou.

A mesa ainda teve a presença de Raimundo Freitas, representando a SIHS, a deputada Maria Del Carmen, representando o presidente da ALBA; Alberto Sampaio, da Embasa; Marcos Lessa, representante dos movimentos sociais, além de representantes de sindicatos, empresas, ONGs, academias e outras representações da sociedade baiana.

ConCidades: Instituído em 2004 pelo Governo Federal, no âmbito do Ministério das Cidades, o ConCidades é um órgão colegiado de natureza deliberativa e consultiva, cuja principal finalidade é estudar e propor diretrizes para a formulação e implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano – PNDU. 

Realizada a cada três anos, a Conferência é, justamente, o espaço de participação dos cidadãos na elaboração e execução dos programas e das políticas públicas. Participam do fórum os delegados eleitos nas conferências municipais e, ao fim da etapa estadual, são eleitos os representantes para a Conferência Nacional, prevista para ser realizada no primeiro semestre do ano que vem. Nesta 6ª Conferência, são 700 delegados e 100 observadores, indicados por cada segmento. A organização é da Sedur.

Fonte: Site SEDUR.